Os livros

Era uma vez um homem



O início deste livro surpreende-nos pela extrema acutilância com que João Nuno Azambuja nos faz entrar no universo convulso e violento de um eu que, ao longo de uma semana, irá revelar, pôr em papel, toda a dor e desencanto, toda a ironia e vontade de viver que a própria existência arrasta consigo. A intersecção de planos vários (interioridade, exterioridade, passado, presente e sonho projetado para um porvir equívoco, que se sabe irrealizável), o léxico brutal em diversos momentos, assim como a capacidade de escrever estados de consciência que ocorrem como fluxos ininterruptos de sentimentos díspares, desejo e suicídio, repulsa e compaixão, amor e desencanto, tudo parece ser convocado para páginas onde encontramos uma prosa perfeitamente em consonância com a nossa época. 


O monodiálogo, a capacidade para o registo polifónico, a agudeza com que se desmontam problemas vários do nosso quotidiano (economia, política, religião, cultura, filosofia...), tudo se mostra num discurso visceral, excessivo no tom de furiosa sinceridade com que João Nuno Azambuja ataca um dia-a-dia que só pode ser dito dessa forma.



António Carlos Cortez.

Os provocadores de naufrágios




Baseada em factos reais, esta é a história de Klaus Kittel, um alemão portuense que combateu na Segunda Guerra Mundial.

Um homem mergulhado numa época de pesadelo, de guerra, morte e ditaduras. Uma Europa destroçada, de onde surge uma história improvável, mas verdadeira, feita de viagens e fintas ao destino. Kittel foi sempre perseguido pela crueldade humana. Em criança, expulsaram-no de Portugal. Em adulto, viveu os bombardeamentos aliados e fugiu ao Exército Vermelho. Passou pela grande depressão, assistiu à ascensão de Hitler e discursou para a elite do Partido Nazi.

Depois da guerra, é preso. Sobrevive aos campos de prisioneiros, onde milhares de homens encontraram a morte. Mas consegue fugir, com o que talvez seja uma misteriosa ajuda de Álvaro Cunhal. Foi escravo, soldado, marido.

Um romance escrito pela pena de uma das mais promissoras vozes das Letras portuguesas, vencedora do Prémio Literário UCCLA, sobre a qual disse o poeta Fernando Pinto do Amaral ser «capaz de exprimir um intenso sentido de revolta em face do mundo contemporâneo».


Guerra & Paz editores.




Autópsia

Já disponível:

E se a catástrofe ambiental acontecer mesmo? Autópsia, o ro­mance da catástrofe anunciada, conta-nos o que vai ser o mun­do num futuro que pode não estar distante. O romance de João Nuno Azambuja é uma arrepiante distopia, retrato de uma humanidade náufraga.

De um gigantesco cataclismo resulta a submersão da maioria do solo terrestre e o globo volta a ser constituído por um enorme oceano pantalássico com raras ilhas à super­fície.

Autópsia é a ilha que concentra em 220 km² os vícios e a perversão de 11 milhões de habitantes, uns desesperados face aos constantes aluimentos e a perspetiva de afundamento da ilha, outros alienados com os novos «ópios do povo».

Um dia, chega a Autópsia, vindo de uma outra ilha - feliz e estável -, um jovem estrangeiro que se fez ao mar para des­cobrir a origem da mensagem que encontrou numa garrafa.

Que novas tempestades vai ele desencadear?

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